sábado, 21 de maio de 2011

ó nós aqui 'travez!

o menino que vendia palavras não é clarice, mas parte da equipe que vai realizar esta nova peça vem da experiência/mergulho de fazer a MQMP, que afetou demais a todos nós, na forma de fazer/pensar aventuras com/para crianças. enquanto esperamos o blog que a nanda vai criar pra nós, posto loucurinhas/ referências aqui.
a primeira é dos flip books que acho que devem povoar nossa biblioteca.
e a segunda é uma animação stop motion foooda, que não é o que vamos fazer, mas dá vontade de ver livros voando...


terça-feira, 9 de março de 2010

Oito motivos para ver esta peça

A MULHER QUE MATOU OS PEIXES E OUTROS BICHOS.

No Sesc Paulista, Av. Paulista, 119, tel. (11) 3179-3700. Sábados e domingos, às 16 horas. Até 28 de março. R$ 12,00 (adultos), R$ 6,00 (meia) e grátis para crianças até 3 anos.
1) A diretora Cristina Moura instaurou em cena um tal clima de brincadeiras que é contagiante, do primeiro ao último minuto. Os personagens brincam de tudo: de dançar, de apostar corrida, de adivinhações, de imitações, até de dormir e, sobretudo, de contar histórias. E não pense que fica um ranço retrô de quintal de antigamente, não. É uma linguagem moderna, com DJs, guitarras, bateria, telões, uma iluminação impactante (assinada por Enrique Diaz).
2) A adaptação dos contos infantis de Clarice Lispector, com dramaturgia assinada por Isabel Muniz, além desse alto astral citado no item acima, é de uma delicadeza emocionante, principalmente quando os bichos da história morrem. Falar de morte para crianças sempre foi um tabu. Aqui, o tema flui sem pieguismo nem grosserias, de forma cuidadosa. Tudo isso sem abandonar trechos literais do livro de Clarice, ou seja, numa reverência à grande autora que não prejudica a modernidade da montagem.
3) O cenário é de um branco forte, que estoura na nossa cara desde que a gente entra na plateia. Há dois níveis, basicamente, isto é, dois andares. Mari Stockler, a cenógrafa e diretora de arte, deixou a cor viesse nos figurinos, nos acessórios. Decisão acertada.
4) As projeções nos telões são muito bem usadas ,nunca gratuitas ou apenas decorativas, ao contrário. O peixe projetado na roupa da atriz depois que ela conta que engoliu o bichinho do aquário é o ponto alto de integração e criatividade. Mas tem também uma galinha voando pela cidade grande, a multiplicação de baratas, balões, as nuvens quando os cães Max e Bruno se encontram no céu. Tudo nota dez, com vídeos criados por Paola Barreto e Andrea Capella.
5) O figurino de Marcelo Olinto é lúdico e brincalhão. Casa muito coerentemente com a proposta do espetáculo. Parece que estamos no quarto de umas crianças, um cômodo desajeitado, bagunçado, e que as crianças brincam de se vestir com o que há no armário dos adultos – algo assim. São peças superpostas no corpo de cada ator: saias, calças fusos, bermudões, camisetas, tudo um por cima do outro, com cara de brincadeira colorida.
6) Além da cena do peixe projetado na roupa da atriz, há outras que são antológicas. Como as meninas disputando quem é a princesa mais bela, mais rica, mais poderosa, relembrando todas as princesas famosas dos contos de fadas. É de um potencial de empatia com a garotada da plateia que nos faz arrepiar, nós, adultos. Outra cena, logo no início, de uma inteligência sutil, é quando a atriz delineia a fachada de uma casa no chão do palco, com fita crepe colorida, e deixa por último a porta. Só quando ela faz (deseha) a porta é que o espetáculo começa. Um convite (de uma sutileza criativa inacreditável) pra gente entrar na casa com eles. Arrepia também.
7) A trilha é agradável, com canções singelas e também muito lúdicas, que têm força até para sobreviver fora do espetáculo. A canção para a macaca Lisette, que acaba de morrer, é muito boa como retrato de um amor entre gente e bicho, como alento pra dor de perder uma amiga legal. A direção musical de Lucas Marcier, Fabiano Krieger e Felipe Rocha acertou também na decisão de usar a música já para recepcionar a plateia na entrada.
8 Coroando isso tudo, o trio de atores – Mariana Lima, Renato Linhares e Luciana Fróes – dá conta do recado com muita propriedade, frescor e cara de novidade. Não caem na linguagem tatibitate, mas são crianças quando é pra ser criança e muito adultos na hora de ser Clarice Lispector. O que não é pouco.

Por Dib Carneiro Neto

domingo, 7 de fevereiro de 2010

AMQMP em SP!


estreou em são paulo nosso lindo balão azul!

SESC AVENIDA PAULISTA

avenida paulista, 119

sábados e domingos as 16h00

até 28 de março

segunda-feira, 20 de julho de 2009

fly me to the moon

a temporada findou, mas aqui vai um vídeo
para ver em casa e entoar a canção ôvo ôvoôvoôvôo

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Kelly Key

a mulher que matou os peixes...
infelizmente...
é a Kelly!

Adorei vê-la no palco, fazendo o seu próprio coração comovido, a sua própria tartaruga, o seu próprio caminho dentro do espaço antes criado pela Lu Fróes.
E como a Lu é aquela giganta maravilhosa, a gente ficou esperando, como é que Kelly vai mandar?
Mandou bem pra caraca!
De uma doçura, uma graça e uma leveza muito gostosas de se ver.

Adorei.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Infantil, mas longe da mesmice

Espetáculo ignora regras tradicionais de encenação e emociona crianças e adultos

Daniele Avila


Esqueça as fantasias de personagens da Disney, as peças infantis que imitam filmes que todo o mundo já viu e as insossas histórias de princesas. Em cartaz no Oi Futuro há poucas semanas, A mulher que matou os peixes...e outros bichos passa longe da mesmice do teatro infantil. Não sobra um clichê pra contar a história. Aliás, a peça também não segue o protocolo que determina que, para fazer uma peça infantil, é preciso contar uma história. Ela conta várias: a da mulher que matou os peixes, do gato acertadamente apelidado Pinel, de vários cachorros que não estão mais entre nós, de uma macaca que também não teve vida longa, enfim, a peça reúne uma série de relatos improváveis para o divertimento. A morte dos bichos de estimação, um dos fatos da infância que parece sacudir a forma como as crianças veem o mundo, é um tema que permeia toda a peça. Mas sem apelação para a choradeira. Pelo contrário.

O teatro infantil costuma tomar como ponto de partida as regras do teatro adulto mais tradicional: narrativa com início, meio e fim; fala impostada; truques ilusionistas; atores sempre de frente para a plateia; e o pensamento de que se você não explicar tudo muito esmiuçadamente, o público não vai entender.

A mulher que matou os peixes... e outros bichos dá as costas para tudo isso e, além de dialogar com formas contemporâneas de teatro e dança, parte de um pressuposto muito legítimo para uma peça infantil: a dinâmica do próprio comportamento da criança em situação de divertimento. É nessa dinâmica que a direção de Cristina Moura melhor se dá, porque não fica aparente. As mudanças de cena acontecem espontaneamente, como se os atores fossem três crianças brincando e tendo idéias. Isso também se deve à criatividade e ao comprometimento do elenco. Mariana Lima, Renato Linhares e Luciana Fróes formam (com Cristina Moura e a assistente de direção Daniela Fortes) a equipe de criação do espetáculo, o que de certo modo explica a sintonia e a propriedade com que lidam com a peça.

Vale destacar também a dramaturgia de Isabel Muniz, que articula uma gama enorme de referências para construir um texto complexo que, no espetáculo, parece simples. A direção musical de Lucas Marcier e Fabiano Krieger (com colaboração de Felipe Rocha), assim como os vídeos de Paola Barreto, são pontuais e agregam beleza à cena. A iluminação de Enrique Diaz, a direção de arte e cenografia de Mari Stockler e os figurinos de Marcelo Olinto constroem um visual exuberante, caótico (no bom sentido) e bem-humorado.

Histórias interrompidas

O humor é a chave para lidar com cada assunto, mas não a única. A peça é cheia de momentos poéticos, nos quais as crianças são conquistadas pela subjetividade. Nunca se sabe nem se pode prever o que vai acontecer no minuto seguinte e isso deixa a plateia livre de expectativas. Às vezes, uma história é interrompida por uma pergunta, ou por outra história. É como se a peça fosse tecida de desvios e parênteses, e é neles que se manifestam as imagens mais líricas. É o caso do momento em que Mariana diz que ficou comovida com alguma coisa e Renato pergunta o que é "comovido".

Mal dá tempo de achar que eles vão explicar uma emoção tão complicada para uma plateia de crianças. Luciana se levanta e faz um coração comovido. É indescritível. E muito, mas muito bonito mesmo.

Quarta-feira, 13 de Maio de 2009

sábado, 25 de abril de 2009

Banda Mulher que matou os peixes

Obrigado Rio!!!
As bananas psicodélicas de Lucas Canavarro arrasando!
Vlw equipe linda de video!